segunda-feira, setembro 26, 2011

Resenha Rock in Rio - Dia 24/09

Minha jornada começou às 8 da manhã, quando acordei e pensei: “PUTA QUE PARIU, ROCK IN RIO”. Ir não foi difícil. Méier para Alvorada, Alvorada para Cidade do Rock. Apesar de ficar em uma fila inútil na frente do autódromo durante 1hora, para depois descobrir que não precisava, foi lagal. A cada fase do “controle” da “organização” do RIR, a alegria aumentava. Enfim, entrei, são e salvo.

Vamos aos fatos. O Palco Sunset possuía uma line-up tão sem graça que nem cheguei perto. Aproveitei para ver os stands – inclusive ganhei um pen drive em forma de guitarra no ECAD – e zuar um pouco. Após ficar UMA hora na fila do Bobs, alimentado fui para o palco Mundo, o show iria começar, de fato.

Nx Zero. Ao ouvir isso, parte da platéia vaiava, outra parte aplaudia e o resto não fazia nada – uns porque Nx Zero é uma merda e não adianta vaiar, e outros porque não fedia nem cheirava. Eles começaram com “Só Rezo”, que particularmente acho uma boa música, com uma pegada cheia de estilo da guitarra, mas que eu lembrava da gravação, pois lá de baixo só ouvia a voz e a bateria – nenhum sinal da guitarra. Depois dessa, tocaram “Além de mim”, que é uma música da fase antiga, quando a banda valia algo. Após isso, não me recordo pois foram músicas chatas e produtos, característica da banda hoje – em sua fase “vendida” – e pouco me recordo. Conclusão: apesar de ser “grande”, a banda mostrou não possuir ainda o peso de uma banda para Rock in Rio. Para uma apresentação para o Faustão sim; para Rock in Rio, definitivamente não.



Aí tivemos Stone Sour. Não há palavras para descrever o show. Corey Taylor simplesmente dominou a platéia. Não havia nada que atrapalhasse. São Pedro mandou até uma chuva, como se dissesse: “Toma aí, safado! Vou esfriar seu show!”. Mas não; pelo contrário. Ouvir “Through Glass” e “Brother” sentindo a chuva molhando o rosto foi melhor ainda. As guitarras pesadas, os solos, o bumbo duplo, o baixo pulsante e a voz de Corey...tudo isso e um show incrível. Corey e a banda, a base de uma presença de palco monumental, dominaram a platéia, que faria o que ele quisesse. A banda mostrou que não é a outra banda de Corey, mas O STONE SOUR. Ficamos todos esperando por um pouco de Slipknot, mas foi bom não ter acontecido, pra não nos antecipar o magnífico show que foi o do Slipknot no domingo. O Stone Sour mexeu com a galera mesmo: minha namorada, que entro na cidade do rock com um dicurdo de "eu nem gosto de rock, só vim por causa do Victor e pra ver Capital", terminou o show do Stone Sour dizendo "Ele (Corey) é muito gostoso, quero ser a amante dele"!

Logo depois, sem descanso, veio a Galera do Capital Inicial. Confesso que esperava meio sem animação, pois, honestamente, nunca curti de verdade a banda, e nunca gostei - e ainda não gosto - do vocal de Dinho. Mas eles me surpreenderam. Não por músicas novas, mas pela energia, e pela forma com que contagiaram a galera. "Should I Stay or Should I Go" foi sensacional. 100 mil e poucas pessoas pulando à lembraças dos Clashs; "Veraneio Vascaína" e "Que País é Esse" foram ainda mais animadoras, com direito a um belíssimo coro de "Ei Sarney, vai tomar no cú" ao final da última. Mas em "Primeiros Erros" o coral, a platéia, os cento e poucos mil loucos que lá estavam cantando a uma só voz foi lindo. Os "tios" mostraram que o Rock nacional existe SIM, e que os brasileiros ainda têm alguma esperança.

Aí...Snow Patrol. Dentre os stands que haviam na cidade do rock deveria haver um da Ortobom, distribuindo colchões e travesseiros para as pessoas. Os irlandeses deixaram todos morrendo de sono. Foi um show muito ruim. Ajudados pelo pouco conhecimento do público sobre suas músicas, e com músicas chatas e repetitivas, pouquíssima presença de palco e falta de brilho, a banda fez com que a platéia comemorasse, e não aplaudisse, o final de cada música, pelo fim do show estar mais próximo. A agonia só acabou quando as primeiras notas de "Open Your Eyes" soaram; era enfim uma música que as pessoas conheciam, e melhor: era o sinal para o fim do show. Então a galera foi acordada pelo refrão "Tell me..." e pela ansiedade por Flea e companhia. É verdade que nenhuma pessoa em sã consciência poria Snow Patrol após Stone Sour e Capital inicial - é como tomar dois red bulls e depois 87565 pílulas de um anti-depressivo dos brabos. Dos Snows lembra apenas da "Opoen Your Eyes", de uma música que era 70% a repetição do verso "Shut Your Eyes" e da música anterior a "Open Your Eyes", que era a mesma coisa chata e repetitiva e não parecia acabar nunca. Dá sono só de lembrar desse show...

E então o Gran Finale. Red Hot; o público em êxtase, o silência que não parecia terminar. Quando Chad Smith subiu no palco e deu as primeiras pisadas no bumbo, foi o heaven. Todos gritando e comemorando. E então a banda entrou, com Anthony Kiedis com seu tradicional boné com a franja para o lado, Flea, como não poderia deixar de ser, chamando a atenção com uma camisa da seleção brasileira, e o novo guitarrista Josh Klinghof . Aliá, o show foi todo de Flea: com suas piadinhas pouco engraçadas sobre testículos e orgãos sexuais, e o sempre louco baixo, ele tomou a noite para si, e até cantou. Teve tempo até para um solo de batera quando a banda voltou ao palco. Aliás, voltaram ao palco com camisas trazendo o rosto de Rafael Mascarenhas estampado - mas quantos fãs da banda morreram, e morrem todos os dias, de formas muito piores, e nem lembrados são? Foi trágica a morte do Filho de Cissa Guimarães? Sim, mas só é trágica assim por se tratar de alguém com mídia. O grande ponto da noite e da set list, que contou com "Can't Stop", "Give It Away", as lindas "Under The Bridge" e "Californication", entre outras, incluindo faixas do novo cd, foi a faixa "By The Way", que conseguiu unir o coro à loucura. O show foi, como sempre, eletrizante.

Mas para mim não foi o melhor da noite. Os pimentinhas são uma banda grande, e foda. Mas como na apresentação do Queen, que era considerado foda, e surpreendeu a todos em sua apresentação no RIR, eu esperava ser surpreendido. Uma banda grande e poderosa como o RHCP, a meu ver, necessita surpreender, e não foi o que aconteceu comigo. Quem me surpreendeu foi Corey Taylor, e também o Stone Sour. Um show que não esperava, e me deixou alucinado. Não digo que o Red Hot tenha sido ruim, pelo contrário, foi FODA. Mas não causou surpresa. Eu esperava dizer, ao fim do show, "nossa, o Red Hot foi do caralho, muito irado, nunca pensei que fosse tão foda"; mas disse "foi foda, exatamente como achei que fosse ser!".

LEMBRANDO: HOJE A SESSÃO "CASA DOS GRITOS" DARÁ LUGAR AO ESPECIAL ROCK IN RIO.


Fotos: em breve
Crédito das fotos: em breve
Vídeos: em breve
Crédito dos vídeos: em breve

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...