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domingo, outubro 30, 2011
Resenha Rock in Rio - 02/10
O dia foi nostálgico. Todas as bandas que se apresentaram na data, foram grupos que fizeram fama no Brasil na mesma época. Contando com Detonautas, Pitty, Evanescence, System of a Down e Guns n’ Roses no line-up do evento, o público fez com que o dia fosse um dos mais concorridos, sem dizer que além das bandas, aquele seria o último dia de Rock in Rio.
Ao andar pela cidade do rock, as camisetas que dominavam o local eram do System e do Guns. A expectativa para estes dois shows era imensa, pois são grupos com uma extensa legião de fãs no Brasil. System of a Down estava voltando de hiatus de 4 anos e se tornou uma oportunidade única de poder assistir-los. Já Guns n’ Roses, por fechar o evento, era esperado um excelente show para comprovar que a banda ainda está na ativa e consolidada.
- Detonautas
Sem ter nenhum tipo de atraso, Tico Santa Cruz e companhia abriram os shows do palco mundo com “Mercador de almas” , seguida por “Combate” e “O amanhã”. Apartir daí foi uma enxurrada de clássicos da banda que, a platéia querendo ou não acaba conhecendo alguma letra deles como “Você me faz tão bem” e “Quando o sol se for”. Quando chegram ao final do setlist, cantarma “Metamorfose Ambulante” do digníssimo Raul Seixas. Canção que foi acompanhada em coro por muitos que estavam presentes.
Para realmente encerrar o show cantaram “Outro Lugar” que é bem agitada e se despediram com uma homenagem a Nevermind do Nirvana tocando “Smell Like Teen Spirit”. Não é preciso dizer que a rodas logo se abriram e todos se levantaram para curtir o som. Embora tenha sido um pouco parado, foi um bom show da banda, onde se fez necessário tocar clássicos do mundo da música para levantar público.
- Pitty
Novamente tivemos mais um show sem atraso e, pontualmente as 20:00h ela e sua banda subiram ao palco para divulgar o novo trabalho Chiaroscuro. Porém a Pitty sabia que em festival não se deve tocar músicas novas e, por esse motivo, tivemos um setlist muito bom com músicas de toda a carreira como “Anacronico”, “Admiravel Chip Novo” e “Semana que vem”. O show foi muito bom, varias rodas se abriram ao decorrer da apresentação e no final do show, a banda tocou a música do CD novo “Me Adora”, encerrou com a porrada “Máscara” e finalizou de fato o show com cover “Smell Like Teen Spirits”.
Pitty ao vivo é muito bom. Em cima do palco se tem a impressão que ela incorpora alguma coisa, seus olhos viram para cima e, começa a cantar uma música atrás da outra. Não sou muito fã da banda, mas é a segunda vez que pude presenciar um show deles ao vivo e, digo sem culpa nenhuma que ao vivo é outra experiência.
- Evanescence
Evanescence era a banda menos esperada do dia. Amy Lee e companhia fizeram um show razoável com repertório do mais variado. A música de estréia da banda no Brasil “Going Under” foi logo a segunda a ser tocada e, na metade do show tocaram a música que consagrou Amy Lee “My Immortal”. A precensa de palco dela é boa, está
sempre de um lado para o outro, mas apesar de muita tentativa e força de vontade, foi um show mediano. Mais para o final tocaram “Call me When Youre Souber” que eu acho fantástica e foi muito bem reproduzida e, encerram com “Bring me to Life”. Boa música de encerramento, o público conhecia toda a letra.
Como disse anteriormente, foi um show razoável, que não empolgou mas também não teve muito brilho. Muitas pessoas falaram que ela desafinou em vários momentos. Realmente, as vezes ouvia-se uma falha ou outra, mas nada que mudasse o resultado final da apresentação. O destaque do grupo vai para o baterista Will Hunt, ele sabe bater muito bem e conseguiu sobressair na apresentação. A habilidade da Amy Lee no piano também é algo elogiável, pois foi precisa nos momentos em que ela foi exigida.
- System of a Down
Sem comentários. O que falar de uma banda que sobe ao palco e despeja para o público nada menos do que 28 músicas. Os caras são inigualáveis nos estilo que se propõem a fazer. O som é diferente de qualquer tipo de metal se tenha noticias e ao vivo, Serj Tankian, Daron Malakian, Shavo Odadjian e John Dolmayan são completamente loucos, fazendo desde piada a frases políticas. O vocal de Serj é algo incrível, ele tem voz e se parece com um psicopata cantando. Chega do agudo ao grave em questões de segundos, sempre acompanhado pelo backing vocal e guitarrista Daron Malakian. A voz suave e até mesmo melódica dele junto ao impulso de Serj Tankian formam uma das melhores bandas que eu já pude ouvir.
O setlist é algo fora do comum. Como já disse, foram 28 músicas com muito agito e diversas rodas. “Qustion”, “Sugar”, “Lonely Day”, “Cigaro”, “Aerial” e “Chop Suey” são apenas algumas das músicas tocadas. O ponto negativo do show foi apenas o volume que, pelo menos no local onde estava, estava um baixo de mais.
- Guns n’ Roses (por Renan Cardoso)
A princípio quero pedir desculpas pela demora em completar este post, mas vamos ao que interessa: O show começou como um típico show do Guns n Roses, com atraso e enfurecendo o público. Debaixo de uma forte chuva e com um atraso de quase 2 horas teve início o show com Chinese Democray fazendo todas aquelas vaias e raiva do público simplesmente sumirem. Logo após Axl cumprimenta o público e fala do palco molhado e da atenção que tem que ter para não cair enquanto canta. Seguido do pequeno discurso se inicia o riff de Welcome To The Jungle com toda a multidão enlouquecendo e que no meio do solo fantástico a música Ron Bumblefoot surge com um capacete de Stormtrooper enquanto toca uma guitarra de dois braços. Emendando logo no final de Welcome To The Jungle veio It's So Easy e depois Mr.Brownstone. Numa pequena pausa o baterista chama a platéia para um coro de "Guns N Roses" e se prossegue com Sorry e com Axl apresentando Richard Fortus com uma jam fantástica do tema do filme James Bond-007.
Então que começa Live And Let Die com um grande coro do público e acompanhado de fogos e pirotecnia. Terminando com novamente o baterista chamando o coro de "Guns N Roses" e seguindo com Rocket Queen e de novo com o coro do baterista. O show seguiu com This I Love e com mais uma pausa para Axl apresentar DJ Ashba com sua jam Mi Amor, e como opinião minha é ridículo algumas pessoas dizerem que Ashba tenta imitar o Slash pela cartola, quem conhece o trabalho dele sabe que já usava uma antes também, não foi porque entrou para o Guns que ele decidiu isso talvez porque realmente se inspire no Slash, não sei, mas parem de palhaçada. Seguindo com o show o próprio Ashba puxa Sweet Child O Mine tirando coros de todo o povo.
E pela milésima vez o baterista chama o coro de "Guns N Roses" sendo interrompido por Axl chmando Estranged logo depois Axl faz uma piadinha com o nome de Beta Lebeis, uma grande amiga e quase mãe para Axl pedindo que o público respondesse "Who's Falt? com "Beta", seguindo pela música Better. Após a música, Axl apresenta o resto da banda e Dizzy Reed faz uma pequena jam com Baba O' Riley seguindo com Street Of Dreams com uma pequena pausa para You Could Be Mine e um momento WTF? com o riff de Sunday Bloody Sunday do U2, talvez mais uma piada pelo show no domingo de madruga, não?
Voltando ao normal, Axl vai ao piano tocar November Rain, que rendeu mais piadinhas pelo show completamente sob chuvas. Com mais um chamado do baterista para coro segue-se o show com a jam de Ron Bumblefoot do tema de Pantera Cor de Rosa e depois Knockin On Heaven's Door. Pra reanimar o público veio outro clássico, Nightrain, com direito a corrida do Asbha pelo público e um tombo na volta ao palco e uma punk quebrada de guitarra. Agora pra completar os clássicos, Patience e Paradise City para fechar o show. Infelizmente muita gente saiu antes do fim devido a hora, mas foi um puta show.
Um ponto a ressaltar, foda-se quem não gosta do Guns atual, já está mais que provado que a capacidade dos membros de hoje está a altura de antigamente, seja pelo Rock in Rio, seja pelos últimos shows que fizeram. Só digo uma coisa, parem de infantilidades, assumir brigas de músicos ou o que for e passem a admirar a música. Sim, é óbvio que o Axl envelheceu, uma hora a idade bate em todos mas quando ele quer a imagem dele de anos atrás volta a aparecer sob a imagem de hoje.
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